Cecília é uma jovem que habita uma das agarthas do plano astral, denominado de Campo da Paz.
Hermínio encontra-se encarnado, e em sua estrada tem vivido de queda em queda os abismos da decadência moral e espiritual.
Cecília sabe que não poderá contar com ele, por muito tempo ainda, guardando por esse motivo a dor de não poder fazer nada por Hermínio, mas conserva o seu lindo amor.
A mágoa no coração de Cecília não a impede de renovar as suas esperanças na melhora de seu bem amado.
A saudade de Cecília é confortada por sua fé no Altíssimo e na providência divina.
Quantas pessoas não sentem um vazio em seus corações?
Como se faltasse algo...........
Não sabem explicar, que mesmo ao lado de um excelente companheiro, que ainda lhes faltam a completude de alma.
Raríssimas são as pessoas que tem a oportunidade de encontrar a sua alma gêmea.
Mais difícil ainda, está em um poder ajudar ao outro a superar barreiras e quebrar grilhões, que nos arrastam para abismos de orgulho, vaidade e traição.
Que os encontros e desencontros de Almas se tornem cada vez menos frequentes.
Espero que a felicidade das Almas Gêmeas não incomodem a ninguém, para que possamos ser abençoados com a visão do amor cristalizado entre dois seres.
Numa hora de lazer no salão de música de Campo da Paz, Cecília foi inquirida para cantar uma canção que viesse da própria alma. Rodeada de claridades sutis, ela nos mostra uma linda canção que vem do fundo de seu coração saudoso.

"Guardei para os teus olhos
As estrelas brilhantes do céu calmo...
Guardei para a tua alma
Todos os lírios puros dos caminhos!...
Amado meu, amado meu,
Como é longa a viagem entre escolhos
Neste oceano imenso de saudade,
Ao sublime luar da eternidade!...
Em vão, a fada Esperança
Acende a luz dentro de mim...
Porque te foste ao mundo, assim?!
Volta, amado!
Ainda mesmo
Que as tuas mãos estejam frias
E que teus pés sangrem de dor.
Trago comigo o bálsamo, a ternura,
Volta a mim,
Vem respirar, de novo, no jardim
Da imortal união!...
Curarei tuas chagas de amargura,
Dar-te-ei o roteiro para a estrada,
Amarei os que amas,
Para que me abençoes com o teu sorriso.
Volta, amado!
Esqueçe a dor e a sombra do passado,
Volta, de novo, ao nosso paraíso!..."

Xavier, Francisco Cândido; pelo espírito de Luiz, André, Os Mensageiros, Federação Espírita Brasileira, 20ª edição, 166-167.
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